Os Livros de Linhagens na Idade Média Portuguesa.
Os livros de linhagens ou nobiliários foram na Idade Média, considerados de grande relevância do ponto de vista social. Sentia-se uma necessidade de escrever as genealogias dos senhores, das grandes famílias, para que por elas se conhecessem os ascendentes, porque só conhecendo se evitariam os casamentos incestuosos, podendo-se viver, assim fora de pecado.
Elucidavam também sobre os mosteiros de que os senhores eram fundadores e dos benefícios a receberem provenientes dessas fundações.
Há livros de linhagens que extrapolam a simples genealogia, ganhando, assim, uma nova dimensão. O "Livro Velho", "O Livro do Deão" e o "Livro de Linhagens do Conde D. Pedro" são os mais importantes.
O primeiro foi escrito nos finais do século XIII, perdeu-se e está representado por um manuscrito do século XVII.
O segundo foi escrito em 1343, a pedido de um deão para os fidalgos ficarem a conhecer as suas famílias.
O "Livro de Linhagens do Conde D. Pedro" foi escrito em 1340 a 1344. A obra afasta-se das típicas genealogias pois ultrapassa as fronteiras do reino.
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