As cantigas de escárnio e maldizer.
- A poesia satírica galego-portuguesa, constituída por cantigas autóctones e pela adaptação do serventês, oferece-nos um precioso testemunho sobre a idade média portuguesa e peninsular, na medida em que documenta os seus costumes, sem a idealização da cantiga de amor.
- As cantigas de maldizer são aquelas em que os trovadores criticam os costumes.
- A cantiga de maldizer apresenta uma intenção moralizada e aproximar-se do serventês moral, utiliza também uma linguagem obscena.
- As cantigas de escárnio são aquelas que os trovadores usam para dizer mal de alguém.
- Usam-se trocadilhos e jogos semânticos e recursos retóricos.
- A cantiga de escárnio exigem a alusão indirecta e velada para que o destinatário não seja reconhecido.
- Os "escárnios de amor " apresentam o reverso do amor cortês constituindo uma imitação icónica da cantiga de amor.
- A cantiga satírica reveste um importantíssimo valor documental para o conhecimento tanto da língua como da sociedade do tempo.
Ex: Ai, dona fea, foste-vos queixar
que vos nunca louv[o] em meu cantar;
mais ora quero fazer um cantar
em que vos loarei toda via;
e vedes como vos quero loar:
dona fea, velha e sandia! (…)
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