quinta-feira, 7 de abril de 2016

O Renascimento Humanista: velhos tempos vs. novos ventos.

  O período do Renascimento Humanista marca a separação entre a história da Idade Média e da Idade Moderna
                       . 

  Melhor dizendo, é o despoletar de toda a evolução e desenvolvimento dos séculos seguintes na cultura, arte, ciência, técnica e sociedade.
  Originário supostamente de Itália e dos Países Baixos, este movimento abrange um período histórico, um século, talvez 1480-1580, mas constitui um motor imparável, que se alargou a toda a Europa.
  No âmbito religioso, as novas ideias sobre Homem e Deus movimentam a Reforma Luterana e põem em causa valores , antes considerados intocáveis , como a infalibilidade papal, o seu poder divino ilimitado na Terra e a ciência  bíblica.
  Politicamente, surgem cisões dos Reis e príncipes contra o poder papal, a concentração de poderes ilimitados nas mãos dos governantes, o aparecimento da burguesia como nova força social e politica.
  A nova economia, centrada no comercio  e nas cidades, faz regredir o mundo rural; a circulação  monetária e o consumismo fácil absorvem o ideário burguês, lançando-o no lucro desregrado.
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  Na Arte, o desenvolvimento estende-se aos grandes pintores e escultores; na Cultura, a influencia greco-latina abarca os domínios da construção e das humanidades; na Ciência, a teoria heliocêntrica suprime de vez o geocentrismo e desenvolve a Astronomia.O pensamento humano é considerado uma fonte inesgotável e vai eliminando sucessivamente as barreiras e os entraves com que a Idade Média.
                                                 
                            
                                                    

  A sociedade, apesar de assente agora em conceitos diferentes e novos, mantém ainda a sua estrutura de classes.
 A nobreza passa da posse da terra, antes rentável e agora em dificuldades, para as benesses dos cargos públicos, benefícios e prebendas régias.
 É pois o Humanismo Renascentista que origina todas estas mudanças- ideologias, artísticas, cientificas e religiosas , tendo como máximas o Homem, a vida, o saber, a razão, a experiência-, identificando-se com as ideias greco-romanos: a cultura racional e crítica em oposição ao culto da autoridade e da teologia.
  A Idade Média teocêntrica ofereceu um Deus todo-poderoso, justiceiro, distante; um Homem, desprezível e autómato num "vale de lágrimas"; uma Igreja, dona suprema e implacável, para cumprir os desígnios divinos, criação; o Homem, mais real e senhor dos seus valores; a Igreja intermediária entre Deus e o Mundo, incarnada e mais humana. A vida, e não o medo da morte, é então o motor do Homem:. o "Homem está no centro de tudo o que acontece".  
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