As atenções passam, pois, a centra-se sobre o Homem, desviando-se de Deus que até então reivindica o lugar de primazia; assim, o teocentrismo dá lugar ao humanismo, passando o Hoem a ser a medida de todas as coisas. O interesse suscitado pela ação do Homem- seja intelectual , seja física- faz crescer neste um orgulho enraizado nas suas capacidades e nas suas vitorias. (...) Camões deixa transparecer uma confiança exagerada do homem em si próprio, em vários episódios de Os Lusíadas. Filósofos, escritores, historiadores, ensaístas e mesmo poetas esforçam-se por descrever e exaltar a natureza humana, quer pela referência ao seu mundo interior, quer pela sua actuação sobre o mundo em que ele se insere.

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